Pouca gente conhece este carro que durou sete anos no mercado norte-americano. Por aqui ele foi cogitado para substituir o nosso Ford Maverick, e ficar posicionado abaixo do Galaxie, para concorrer de frente com o Chevrolet Opala, mas a estratégia não deu certo.
Para substituir o Maverick, que chegou ao Brasil em meio à crise do Petróleo, o Granada era a alternativa ideal, segundo a Ford. Era moderno, e tinha porte médio, tudo para poder concorrer com o Chevrolet, que era líder do segmento.
A alternativa mais interessante era o Ford Granada, um com linhas retas disponível nas versões cupê e sedan, e construído sobre a mesma plataforma do Maverick com o mesmo espaço entre-eixos. O propulsor seria um 4,1-litros de seis cilindros, uma alternativa mais interessante para promover desempenho satisfatório e um consumo razoável.
Conforme o sucesso do Ford Granada, a Ford também esperava tirar de linha o Galaxie, usando para isso uma versão com acabamento mais requintado e, quem sabe o motor V8. Afinal, nos EUA, o Granada também era vendido com o motor 302 já usado no Brasil, e também o V8 351 "Windsor".
Nas clínicas de teste, no entanto, ficou evidente que o consumidor brasileiro já não queria modelos quadrados, mas sim veículos compactos. O interior também foi bem criticado, pois combinava (ou não) linhas retas com mostradores redondos, apliques de madeira, bancos semi-inteiriços e câmbio na coluna bem ao gosto americano. Depois de testar o carro no Brasil, a Ford resolveu abandonar a ideia do Granada e desenvolver aqui mesmo um projeto diferenciado, que deu origem ao Corcel II, confortável, do porte de um veículo médio e muito econômico.
Alguns anos mais tarde, ficou pronto o Del Rey, a versão de luxo do Corcel, com inúmeros opcionais, que fez relativo sucesso num tempo em que a maior qualidade para um automóvel era mesmo a economia de combustível.
Por Marcos Camargo Jr.
Fonte Auto Show.
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