Soler se aventurou na construção de um carro esportivo de alta cilindrada, que seria diferente de tudo o que existia no mercado. A estrutura não era monobloco ou chassi comum. O engenheiro usou vigas ocas e formou uma espécie de caixa, que abrigaria o motor e todo o conjunto do novo carro. Com o pensamento dos caminhões, construiu o seu veículo usando os atributos de força e resistência.
Em 1964, no Salão do Automóvel de São Paulo, o carro apareceu pela primeira vez e só recebeu elogios. A solução de design incorporava o que havia de mais moderno em termos de carro esportivo. Era um fastback com dianteira longa, traseira bem curta e cabine recuada . Tinha ainda uma porta prolongada que chegava até o teto, para facilitar o acesso dos ocupantes. O interior foi classificado como "fantástico" pela imprensa da época; revestido em jacarandá, trazia sete instrumentos bem posicionados, e acabamento perfeito.
O motor do carro era o Chevrolet seis cilindros em linha, de 4,2 litros e 142 cavalos, bem possante para empurrar o veículo com nome de pássaro. O carburador único foi substituído por três peças SU H4, o mesmo que equipava o Jaguar, o que fazia o carro ter 155 cv.
Apesar do excelente conjunto, a Brasinca não tinha condições de atender mesmo as poucas encomendas que recebia e 50 veículos foram montados e vendidos.
Assim, em 1966, a Brasinca transferiu os direitos de produção para a STV e o carro recebeu algumas mudanças, como o motor com mais seis cavalos, que atingia velocidade máxima de 230 Km/h. Apesar do grande conjunto, o carro tinha elevado custo de produção e já em 1967 deixava de ser produzido. Na segunda fase, 73 unidades foram fabricadas.
Fonte: Auto Show.
Nenhum comentário:
Postar um comentário